CoverOverlay.png Iva Svobodová Faculdade de Letras Universidade de Masaryk Brno – República Checa  ™Leite de Vascocelos Cardos Pereira de Melo (1858-1941) que dividiu a história da língua portuguesa em quatro fases: ™ ™1.O português prehistórico (até o século IX), ™2.O português protohistórico (séc. IX-XIII) ™3. O terceiro período é o período do português antigo (séc. XIII – XVI), ™Pilar Vazquez Cuesta divide o português antigo em período galego—português e pré-clássico. ™ Lindley Cintra fala do Português Antigo e depois do Português Médio ™ ™4. Português Moderno (a partir do século XVI) ™ português clássico (séc. XVI-XVIII) ™ português moderno (séc. XIX – XX) Periodização: Leite de Vasconcelos  ™ciclo de formação (séc. IX-XV) - formação da língua padrão ™ ™ciclo de expansão (a partir do século XV) - expansão ultramarina ™ ™?as variedades do português pertencem ao mesmo sistema e à mesma norma, formando duas sub-variedades de um único sistema, ou se se trata de duas línguas diferentes. ™ Periodização: Ivo Castro  ™ ™Período pré-literário = até ao século XII ™português antigo= séc. XII - XV ™Português médio = séc. XV -XVI ™ português clássico = séc. XVI - XVIII ™Português moderno = séc. XVIII - XXI ™ Periodização: Esperança Cardeira  ™Periodização de acordo com: ™ ™ a divisão tradicional da história: ™Idade Média, Renascimento, Tempo Moderno (concordando com Francisco da silveira Bueno) ™ ™ as escolas literárias ™ ™ os séculos Periodização: Paul Teyssier  ™A história da ortografia portuguesa divide-se em três períodos: ™Fonético (PORTUGUÊS ARCAICO) ™Etimológico (RENASCIMENTO – SÉC.XX) ™Reformado (a partir da adoção pelo governo português da NOVA ORTOGRAFIA, em 1916) Periodização: Edwin Williams  hierarquia  ™concordância entre sujeito e predicado ™particípio passado e complemento em acusativo ™ordem das palavras ™conjunções e complementadores ™o problema do uso de conjuntivo ™correspondência dos tempos ™estruturas de condensação sintaxe  Concordância sujeito + predicado ™português antigo ™nẽnhũa cousa – particípio masculino ™Nom lhes foi revelado nẽnhũa cousa. ™Nom foi a nos demostrado nẽnhũa cousa . ™ ™ ™ ™português moderno ™a coisa/o coiso ™(o coiso – séc. XX, língua falada PE) ™ 1.[Informal] Qualquer indivíduo. = FULANO ™ 2. Qualquer objecto que não se quer ou não se pode mencionar. ™ ™(..)Os carros carregavam aquilo para cima do coiso e depois iam fazer um relheiro grande aonde faziam a eira ™ ™Esta veio lá do coiso, veio lá (..) donde está o meu sobrinho 1. ™  Concordância gramatical/semântica sujeito (leitura plural) + predicado ™ ™português antigo ™ ™E logo se ajuntarom deante Santo Antonio tamanha multidom de pexes grandes e pequenos (Milagres de Sto.Antonio) ™ ™ – toda a cristãidade que estã ē grã coyta) (Nunes 49) ™ ™português moderno ™ ™A multidão vai ao rubro . ™hoje a concordância nominal existe apenas em construções partitivas: ™Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento. ™Porém mais assustador foi o fato de que uma multidão de mais de 1 . 000 proeminentes cientistas , segúndo os jornais locais , relataram que 95 % de ™A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta interessante. ™  gentes (forma plural e masculina) ™ ™português antigo gentes g.m.pl. ™a maior frequência no século XV ™ ™ masculino e plural: ™Muytas hi ha de gentes... que som avyados a perdiçom ™x ™toda gemte te lamça com ssy com nojo de que ty han ™. ™ ™português moderno a gente ™ ™gentes ™substantivo feminino plural ™ ™Povos, nações (ex.: direito das gentes, i. e., direito internacional) ™ ™as gentes eram, então, perfeitamente integradas e militantes do Novo Regime  gentes ™português antigo ™E hi morreo grandes gentes ™(só quando o Pr antecede o Su) ™ ™alta frequência de “gentes” no século XIV-XV. ™português moderno ™Gentes sempre concorda em número e gênero: A forma Gentes ainda hoje é relativamente frequente: ™ ™gentes ™substantivo feminino plural ™Povos, nações (ex.: direito das gentes, i. e., direito internacional). ™ ™gen·tes interjeição [Brasil] Para exteriorizar grande alegria. ™  Concordância verbal verbo +complemento acusativo+ particípio passado ™português antigo ™em ligação com aver ou teer ™concordância do complemento em núm.e gén. com o predicado ™ ™Hercolles ouve feytas aquellas duas ymagẽẽs de Callez e de Sevylha (TA.54) ™ ™Per força avya tomada essa terra (TE: 55) ™português moderno ™(Marcin Wlodek, "O particípio português — formas e usos", in Romansk Forum, n.º 17, 2003, pp. 43-53), : ™[...] o particípio é muito usado como elemento predicativo ligado ao complemento directo dos verbos ter, trazer, levar e deixar. Nestes casos focaliza-se o estado atribuído ao complemento mediante um particípio que concorda com este em género e número: ™ ™A criança tinha os olhos inchados de tanto chorar. ™Levava sempre as mangas da camisa arregaçadas. ™O miúdo tinha os livros metidos num saco. ™Já tenho a sopa cozinhada.  Ordem das palavras ™português antigo ™SPC O lobo abrio a boca. ™SCP Quando Eufrosina esto ouvio... ™PSC E entom chamou o abade hũu monge. ™PCS E cercou a cidade Nabucodonos. Disse-me um cavalheiro. ™CSP quando o viu o moço... ™português moderno ™SPC O lobo abriu a boca. ™SCP Quando Eufrosina isto ouviu ™PSC E então chamou o abade um monge ™PCS E cercou a cidade Nabucodonos. Disse-me um cavalheiro ™CSP quando o viu o moço... ™  Ordem das palavras, colocação do complemento antes do predicado ™português antigo ™! Uso do pronome átono!! ™Exemplos: ™Teus comeres guarda-os pera ty. ™E aos mancebos dem a eles em soldada /aos mancebos dêem-lhe soldada/ ™ ™mas ocorre também antes do predicado sem que haja repetição: ™ ™Exemplos: ™Unha verdade vos direi. ™Huma punhada grande te darey. Este gorioso castello achou o rrei (TA 47) ™português moderno ™Objeto direto pleonástico (norma culta) ™ ™Complemento directo, quando é tópico em posição inicial da frase, formando um grupo prosódico distindo, pode ser ou não retomado por um pronome clítico: ™ ™Ao Pedro, nunca (o) encontro nas reuniões da faculdade. ™ ™(Gramática do Português, 2013, pp. 1169) ™  Ordem das palavras – complemento [+hum] ™português antigo ™se o complemento é uma pessoa, vem ligado com a preposição a. o pronome pessoal átono que repete o complemento acentuado, encontra-se, porém, no acusativo, desde que o verbo peça acusativo: ™ ™A mia senhor feze-as Deus mais fremosa de quantas el fez.(CA9675) ™português moderno ™em português moderno pa preposição é opcional (Gramática do Português) ™O Pedro, nunca (o) encontro nas reuniões da Faculdade. (Gramática do Português II, p.1169). ™ ™quando o complemento direto é um pronome relativo na posição inicial de uma oração relativa, é introduzido pela preposição a: ™não conheço os miúdos a quem o Pedro enganou (ibidem).  Ordem das palavras – complemento [+hum] ™Português antigo ™casos em que o complemento de pessoa vem sem a preposição no dativo: ™ ™E depois (-) seu padre d´ella em sa velhice filharom-lhe seus gemrros a terra (TA,41). ™Português moderno ™não há evidência de tal uso  Períodos compostos: conjunções ™português antigo ™uso da conjunção “pero” ™Pero, senhor, ũa ren vus direi. (Mas senhor, uma coisa vos direi) ™ ™ca = em vez de pois, porque ™Ora por mim, ca nom posso sofrer a door que ei polla minha filha (Euf.362) ™ ™que = porque ™Rrogo-te que me digas cujo he este castello, que andei por muitas terras...e nunca vi tam fremoso ™ ™português moderno ™pero ™(do latim per hoc=por esto, por lo tanto). Em espanhol era usado nas frases negativas, daí o seu significado adversativo. (sobretudo no século 16) www.corpusdoportugues.org conjunção ™[Antigo] O mesmo que pero. ™ ™ca (latim quam) conjunção ™[Arcaico] Expressa comparação, sendo idêntico a do que. ™ ™ca (latim quia) conjunção ™[Arcaico] Expressa causa, sendo idêntico a porque.  Períodos compostos- reduplicação de que ™português antigo ™ - orações objetivas e intercaladas ™Çede certos que, se alguum de vós de my era partido, que eu cuidara que era descoberto ™(Sede certos que se alguém de Vós fosse partido, (-) eu cuidaria que fosse descoberto. ) ™ ™-outros casos: ™Rogo a Santa Maria que ela que seja de noit´ ed e dia a seu bon fillo por mi rogador. ™(Rogo a Santa Maria que ela (-) seja, de noite e de dia, preze por mim e pelo meu filho. ) ™ ™ ™ orações interrogativas indiretas ™Perguntarom-lhe as vezinhas que adonde leixara ela o filho. ™Perguntaram-lhe as vizinhas (-) onde deixou ela o filho. ™ ™português moderno ™ocorre a supressão do complementador (linguagem comercial, jurídica): ™ ™Requeiro (-) seja enviado o Processo a outra instância. Solicito (-) me seja enviado o parecer por correio. ™ ™(na linguagem coloquial, reduplicação do complementador ) ™Eu acho que ele que não tem uma grande queda para estudar. ™Acho que uma pessoa que deve desfrutar da vida ™Estavam convencidos de que lá fora que se vivia melhor.  conjunção u/hu ™ ™português antigo ™orações locativas u/hu ™ ™Irey hu m´atende meu amigo no monte. ™Irei aonde me espera o meu amigo no monte. ™ ™ ™ ™Raramente, a conjunção u/hu podia ter o valor condicional: ™ ™E gram preda per fazedes, u tal amigo perdedes. ™Eu nada non desejo se non vos, u vos non vejo. ™ ™ ™português moderno ™ordem das orações, elisão do relativa ™Irei ao monte onde me espera o meu amigo. ™ ™nunca tem um valor condicional ™ ™Sofrerás perda bem grande, se (no caso de) perderes um tal amigo. ™Só anseio por vós se vos não vejo. ™ ™  Períodos compostos- outras conjunções ™português antigo ™ conjunções temporais: ™atam toste que (logo que), cada que (cada vez que), despois que ™ ™depois que, despois que+ indicativo: ™Depois que a sua filha foi de idade de VII anos, bautizou-a. ™ ™mas é frequente também despois+de ™despois de entendidas as mẽsajeens ™. ™ ™ ™português moderno ™ hoje: ™depois + de + infinitiv (linguateca 11832 ocorrências) ™raramente depois+que+verbo finito ™ ™pouco frequente ™.... depois que... (dezenas de ocorrências) ™ ™ ´muito frequente é depois (advérbio)+ que (complementador) ™Nogueira prometeu depois que defenderá a liberdade com autoridade ™ ™Não encontrado depois+de+que  Períodos compostos- outras conjunções ™português antigo ™en tal guisa-conjunção consecutiva: ™ ™´Mas ouve maaos consselheiros e leyxou de fazer justiça, en tal guisa que desperecia a terra e hia todo ë perdiçom... ™ ™também no século XVIII houve uma frequência bastante alta desta conjunção. ™português moderno ™ hoje: ocorrências não encontradas. mas conservou-se na locução à guisa de: ™ ™À guisa de conclusão ™À guisa de explicação ™À guisa de síntese  Períodos compostos- outras conjunções ™português antigo ™ ca ja / ja ca - conjunção causal ™Ca ja elle sabya mui bẽ todo o feito da morte del rei dõ Sancho e..... ™ ™ca ja – muito mais frequente até ao século 15 do que ja ca, muito pouco frequente. ™ ™português moderno ™ já que ™ ™foram encontradoas numerosas ocorrências já no século XVI – XIX. ™No século 20 o uso é já bastante frequente.  Períodos compostos- outras conjunções ™português antigo ™ca ™nom embargando que ™pero ™pero que ™português moderno ™porque ™contudo ™mas ™não obstante ™sem embargo? ™  Períodos compostos de subordinação correspondência dos tempos ™antigo ™Só aparentemente ocorrem contraexemplos: ™ ™Pero m´eu ei amigos, nom ei niun amigo con que falar ousasse ... ™ ™traduzido: Embora tenha amigos, não tenho nenhum com quem me atrevesse a falar. ™moderno ™no português moderno, o imperfeito do conjuntivo remete para ações anteriores da proposição da oração principal: ™ ™Embora tenha amigos, não tenho nenhum com que me atreva a falar. (agora) ™ ™Embora tenha amigos, não tenho nenhum com que me atrevesse a falar. (no passado) ???? ™ ™Embora tenha amigos, não tinha nenhum com que me atrevesse a falar. (no passado) ™ ™  Períodos compostos de subordinação correspondência dos tempos ™antigo ™Só aparentemente ocorrem contraexemplos: ™ ™Fery o meu servo, porque elle (meu filho) aja medo e tome enxemplo. ™ ™traduzido: Feri o meu servo para que ele (meu fiho) ™tenha medo e tome exemplo. ™moderno ™no português moderno, o imperfeito do conjuntivo remete para ações passadas: ™ ™Feri o meu servo para que ele tivesse medo e tomasse exemplo. ™ ™  Períodos compostos de subordinação correspondência dos tempos ™antigo ™ ™ ™Falas altamente, como se tu fosses muy poderosa (Fab.22) ™ ™moderno ™ ™ ™Falas altivamente como se fosses muito poderosa. ™  Períodos compostos de subordinação ocorrência do conjuntivo crer, cuidar ™antigo ™O avarento sempre cree que as cousas pequenas sejam sempre grandes. ™ ™Ben coido que me mate. ™moderno ™O avarento sempre crê que as coisas pequenas são sempre grandes. ™ ™ A partir do século XIV, depois do verbo cuidar, usa-se, sobretudo, o indicativo na subordinada. Mas há ocorrências de uso do conjuntivo.  cuidar hoje ™indicativo ™Se não respondes depressa, cuido que já não vives . ™ ™Aqui há trinta anos eu cuidava que este final de século havia de ser uma girândola de voos espaciais, com toda a gente entusiasmada pela ciência e pelo saber, ... ™ ™Os invadidos exigiram explicações aos invasores cuidando que estes cairiam em si . ™ ™conjuntivo ™Cuidava que tivesse falecido na Bolívia, a Luísa garantiu-me que não . ™ ™Trata-se, sobretudo, de cuidar que tudo esteja a postos para as comemorações dos 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil, que se realizarão no ano 2000 . ™ ™ Os chefes cuidam que este princípio não se altere . ™  Períodos compostos de subordinação ocorrência do conjuntivo temer ™antigo ™Os exemplos do corpus do português ou de linguateca , contudo, apontam para um uso mais frequente do condicional depois do verbo temer no português antigo ™ ™Temerõ que sseryam descobertos. ™Temia que o senhor faria emforcar. ™ ™ ™moderno ™ hoje é usado com conjuntivo: ™ ™ ™ ™Temiam que fossem descobertos. ™Temo que me mate.  indicativo depois de maravilhar, queixar-se ™antigo ™ ™Todos se queixavam ao abade porque metera tal fremosura em o moesteiro. ™Aquel monge se maravilhava que o recebera pera o ensinar. ™ ™ho que he mais de maravilhar he que esta multidã nûca desfalece në mingoa quasi todo ho ãno ™moderno ™ ™Todos se queixavam ao abade que tinha metido (metera) tal formosura no mosteiro. ™ ™Aquel monge se maravilhava que o recebera pera o ensinar. ™ ™  ocorrência do conjuntivo (não parecer) ™português antigo - indicativo ™Nom sospeitará nẽhũu que eu sõo en elle. ™ ™século XVI –XIX - também indicativo ™Os_Estrangeiros Teatro FSM 1595": -- Ainda me não parece que ponho os pés em cousa firme . ™Morgadinha_dos_Canaviais Prosa JD 1868": Dirá então se não parece que até o sol tem outra luz e que as árvores e as plantas se toucaram de flores novas, que guardam de reserva para os dias de festa ™. ™="Sermão_da_Glória_de_Maria,_Mãe_de_Deus Prosa AV 1644": Diz que Maria foi a que escolheu; porque ainda que a eleição não foi da Senhora, a grandeza de sua glória é tão imensa, que não parece que foi a glória escolhida para ela, senão que ela foi a que a escolheu para si . ™português moderno . conjuntivo ™ ™Do ponto de vista social, acentuou que, em sua opinião e ao contrário do que já foi dito no julgamento, não suspeita que o assumido intermediário se tenha envolvido em negócios escuros . ™ ™PB `José Régio (excecionalmente) ™Ainda ele não suspeita que a sua filha deixou de ser a a criança que veio para San Francisco. ™ ™Assim, não parece que Netanyahu possa pertencer ao grupo desses grandes homens ™ ™ ™  não parecer PB maior variabilidade (PE mais estável é o uso do conjuntivo) ™indicativo ™e já não parece que era, tão vago, perdido. ™Não parece que conheço mesmo você há tão pouco tempo. ™...não parece que vivo no mundo ™Então não parece que puxou ao pai.. ™Não parece que isto se passou há dois mil anos. ™não parece que chegará a se eleger com a maioria. ™ ™conjuntivo ™Não parece que eu tenha sido muito bem-sucedido. ™não parece que o mundo globalizado tenha afastado o fantasma da intolerância. ™Não parece que a floresta inteira se desenvolva e se degenere de maneira coordenada, porém em ™  Períodos compostos de subordinação ocorrência do conjuntivo não saber ™antigo ™Nom sei que faça. ™ ™x ™ ™Nom sei que de mi seja. ™ ™x ™ ™Nom sei que lhe aconteceo. ™moderno ™ não sei se te ofereça/ofereço este livro. ™ ™Não sei que será de mim. ™ ™ ™Não sei o que lhe aconteceu.  Períodos compostos de subordinação relativa ™antigo ™ uso do conjuntivo no caso de realidades hipotéticas ™ ™uso do indicativo no caso de realidades concretas e existentes ™moderno ™ uso do conjuntivo no caso de realidades hipotéticas ™ ™uso do indicativo no caso de realidades concretas e existentes ™  Períodos compostos de subordinação relativa – construções anómalas – conjuntivo depois dos superlativos ™antigo – conjuntivo/indicativo ™ ™ A pobreza é a mais segura coisa que no mundo seja. ™x ™Soes a moor mentyrosa que vi. ™moderno - indicativo ™ ™A pobreza é a coisa mais segura que existe no mundo. (realidade, certeza) ™x ™Você é a maior mentirosa que vi.  Períodos compostos de subordinação redução ™antigo ™ de+infinitivo flexionado ™Gran razon seria , se en prazer vos caesse de quererdes prender doo de mim. ™ ™Nom mi a prol de vo-la eu dizer. ™ ™Nom a mester de tal vida avermos de passar. ™ ™ũa molher a que praz....d´eu morrer. ™(-), de, em 1infinitivo pessoal ™ Seria muito razoável se vos agradecesse ter dó de mim. ™ ™ ™Não tenho vantagem em vo-la dizer... ™ ™Não temos necessidade de passar uma vida destas! ™ ™Uma mulher a quem agrada eu morrer (que eu morra).  Períodos compostos de subordinação ocorr logo como+indicativo ™antigo ™ Non sei que faça. ™ ™ ™Non sei que de mi seja ™ ™ ™ ™Nom sei que lhe aconteceo ™moderno ™Não sei se te ofereça/ofereço este livro. ™ ™Não sei o que será de mim. ™ ™ ™ ™Não sei o que lhe aconteceu.  Períodos compostos de subordinação redução das temporais ™português antigo ™ ™ particípio passado+sujeito ™Feita a oraçõm, talhou (cortou) os cabellos a Eufrosyna ™ ™sujeito +advérbio+ particípio passado ™Esto assym determinado, tornou-se el-rey para seu paaços. ™português moderno ™ ™ ™Terminada a oração, cortou os cabelos à Eufrosina. ™ ™ ™ ™ ™Sendo assim determinado, voltou el-rey para os seus palácios.  Períodos compostos de subordinação redução das temporais ™português antigo ™ ™ depois + gerúndio ™ ™depois a madre nom cumprindo o voto que prometera, inchou, outra vez ao moço o pescoço ™ ™em+gerúndio (308 ocorrências quase todas na função redutiva): ™E, em estando a comer, mandou el rei dõ Affomso muito ë puridade armar quinhentos cavalleiros ™ ™ ™português moderno ™ ™depois + de + infinitivo pessoal ™ ™Depois de a mãe cumprir o voto que prometeu, inchou, outra vez ao moço o pescoço ™ ™ ™em+gerúndio (em crescendo) 63 ocorrências, quase todas em crescendo, na função atributiva ™ ™O investimento, a efectuar-se de 1994 a 1999, vai em crescendo, ou seja, em cada ano a quantia é superior à do ano anterior .  outras peculiaridades – a oração condicional ™português antigo ™se+conjuntivo do presente ™ ™ ™se vejades prazer de quanto nu mund´amades, levade-me vosc´, amigo ™ ™Se Deus me valha! ™Se Deus mi perdon! ™português moderno ™se+conjuntivo do imperfeito (ou futuro) ™ ™ ™Se vissem/virem prazer de quanto no mundo amais, levai-me convosco, amigo. ™ ™Assim Deus me valha! ™Assim Deus me perdoa!  outras peculiaridades – a oração condicional ™português antigo ™o mais-que-perfeito no sentido do futuro do pretérito (o condicional) ™ ™ ™Se eu morte prendesse aquel primeiro dia em que vus vi, fora meu ben. ™português moderno ™ ™ ™ ™ ™Se morresse naquele primeiro dia em que vos vi, seria meu bem.  outras peculiaridades – a oração concessiva ™português antigo ™indicativo depois de “bem que.” ™bem que cantava com a boca, chorava de coraçom ™Nõ embargando que Hercolles era do linhhjen dos gigante e muy forte,pero nõ era cruel. ™E pero que lhe quero tan gran bem, ainda lhe eu mui melhor querria. ™Non vej´eu pero vej´eu ™ ™conjuntivo depois sem embargo que ™sem embargo que o comtrario levassem ordenado ™sem embargo que lhe sobre ello seia posto vmde al nom façades dada em euora ™português moderno ™Se bem que +conjuntivo ™ ™ ™sem embargo que ™caiu em desuso  ™século XII – XV ™nível sintático: destacadas as especificidades que ocorriam em textos escritos e que: – de alguma forma sobreviveram até os dias de hoje –caíram em desuso ™mostrados alguns resultados da investigação nos corpora ™há investigações a decorrer muito interessantes, a serem feitas por Sandra Pereira que também criou o corpus dialetológico-histórico e que está a observar os vestígios do português antigo nos dialetos portugueses. conclusões Obrigada pela atenção e até já!!!